Ministro do STF suspende lei que criou piso salarial da enfermagem, decisão vai ao plenário Notícia

Segunda, 05 de setembro de 2022 Ministro do STF suspende lei que criou piso salarial da enfermagem, decisão vai ao plenário

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu no domingo (4) o piso salarial da enfermagem. A decisão vai valer até que estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades do setor informem o impacto financeiro para os atendimentos e riscos de demissões por conta da implementação do piso – o prazo é de 60 dias.O ministro tomou a decisão individualmente, mas ela será levada para análise dos outros colegas no plenário virtual.

Barroso é relator de uma ação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços que argumenta que o piso da enfermagem é “insustentável” e pode colapsar o setor. O ministro avaliou que há risco de piora na prestação do serviços de saúde, especialmente no caso de hospitais públicos e Santas Casas, com a implementação do piso. As instituições indicam sinal de demissão em massa e redução de leitos ofertados.

O piso seria pago pela primeira vez nesta segunda, no valor de R$ 4.750 tanto para setor público quanto privado. O valor também é usado de referência para cálculo de salário para técnicos de enfermagem (70%), auxiliares (50%) e parteiras (50%).

“Não concordo” – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de publicação nas redes sociais, tornou público seu desacordo com o anúncio da suspensão do piso da enfermagem. Lira afirmou que, embora respeite as decisões judiciais, diverge do mérito que suspendeu a implementação imediata do novo piso salarial.

“Respeito as decisões judiciais, mas não concordo com o mérito em relação ao piso salarial dos enfermeiros. São profissionais que têm direito ao piso e podem contar comigo para continuarmos na luta pela manutenção do que foi decidido em plenário”, disse o parlamentar.